Procavernas-VC

O projeto é pautado pelo interesse da Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE) e Votorantim Cimentos (VC) em compatibilizar o desenvolvimento socioeconômico e a conservação do patrimônio espeleológico. Interesse expresso na Missão da SBE, na Política Ambiental Global e Regras Verdes da VC e concretizada pelo Termo de Cooperação Técnica Financeira estabelecido entre ambas instituições e a Reserva da Biosfera da Mata Atlântica.

A colocalização das jazidas de calcário e áreas cársticas aumenta a responsabilidade das empresas cimenteiras sobre a conservação do patrimônio espeleológico. A ampliação do conhecimento sobre este patrimônio aliada a uma análise integrada ao plano de negócio é a melhor forma de garantir o uso sustentável destas áreas, permitindo uma ação proativa da empresa, evitando, mitigando ou corrigindo impactos, aumentando a segurança jurídica e evidenciando a responsabilidade socioambiental da VC.

O projeto Procavernas-VC também está em consonância com o Guia de Boas Práticas Ambientais da Mineração de Calcário em Áreas Cársticas e com o Programa de Conservação de Cavernas, Áreas Cársticas e Mata Atlântica, previstos no Plano de Trabalho da Cooperação Técnica, em especial os itens:

  • 4.1 Identificar as áreas com potencial minerário que sejam prioritárias para desenvolvimento de estudos espeleológicos de referência ou para conservação ambiental (empreendimentos novos e já existentes); e
  •  4.3 Identificar e implantar medidas para a minimização de impactos e a proteção das cavernas e da Mata Atlântica nas áreas da Votorantim Cimentos;

A proposta é avaliar as áreas da VC a partir de dados já disponíveis em diversas formas e fontes, cruzando as informações, fazendo uma avaliação geral sobre o conhecimento sobre o patrimônio espeleológico abrigado em suas unidades, identificando ameaças e oportunidades para a gestão deste patrimônio. A partir desta avaliação geral da situação atual e dos planos de negócios da VC serão elencas áreas prioritárias para aprofundamento nos estudos (três unidades piloto), capacitando e envolvendo a participação local (funcionário e espeleólogos) na identificação, gestão e salvaguarda das cavernas.

Os resultados serão devem ser divulgados nacionalmente, incentivando outras empresas, o poder público e a sociedade a melhorar suas práticas na gestão responsável do patrimônio espeleológico.

Objetivo Geral

  • Identificar e catalogar o patrimônio espeleológico nas unidades produtivas da VC e propor medidas para sua gestão.

Objetivos Específicos

  • Avaliar o grau de conhecimento sobre o patrimônio espeleológico nas unidades produtivas da VC, através do levantamento, sistematização e análise das informações disponíveis (bancos de dados e relatórios internos, bancos de dados públicos, pesquisas acadêmicas e outras fontes);
  • Identificar e caracterizar áreas prioritárias (três Unidades Piloto) para aprofundamento das pesquisas, considerando a qualidade dos dados, lacunas do conhecimento, possíveis não conformidades legais e pontos de conflito;
  • Capacitar funcionários e outros agentes locais para trabalhar em conjunto na identificação e salvaguarda do patrimônio espeleológico nas Unidades Piloto, ampliando sua responsabilidade na gestão responsável do meio ambiente.
  • Subsidiar um plano de gestão do patrimônio espeleológico nas áreas Unidades Piloto, evitando ou minimizar os impactos.
  • Divulgar bons exemplos das unidades trabalhadas e fomentar sua adoção em outras unidades da VC e em outras empresas.

Abrangência – Unidades da VC objeto de análise do patrimônio espeleológico

RegiãoUFMunicípio/Unidade
Centro-NorteDFSobradinho
GOEdealina
MTCorumbá Cuiabá Nobres
PAPrimavera
ROPorto Velho
TOXambioá
NordesteCESobral (Sítio Santa Helena – Poty)
PEPaulista (Poty Paulista)
SELaranjeiras (Cimesa)
        SudesteMGItaú de Minas
RJCantagalo (Rio Negro)
SPBom Sucesso de Itararé (Minas Salto) Ribeirão Grande (CCRG) Salto de Pirapora (Ponte Alta e Salto) Votorantim (Santa Helena – Votoran II)
            SulPRRio Branco do Sul
RSCandiota (Pinheiro Machado)
SCVidal Ramos

Metodologia

Os trabalhos serão divididos em etapas em sequência cronológica:

ETAPA 1: Levantamento, cruzamento e análise de informações.

ETAPA 2: Identificação de áreas prioritárias (pilotos) para aprofundamento das análises

ETAPA 3: Plano de ação para três áreas (pilotos)

ETAPA 4: Execução dos planos de ação

ETAPA 5: Acompanhamento e divulgação dos resultados

Equipe de trabalho

Coordenação Técnica: Maurício de Alcantara Marinho

Coordenação de Geoprocessamento: Ana Carolina Linardi

Coordenação Executiva: Marcelo Augusto Rasteiro